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quinta-feira, 31 de março de 2011

Afeto


Por vezes por não recebermos afetos, debruçamos no egoísmo e cometemos o erro de guardarmos os carinhos que temos para nós mesmos e não o distribuímos. Caímos no pleno esquecimento de que quando guardamos o amor para si, ele apodrecerá, tal como quando acondicionamos frutas na cesta. 

Vemos muitas vezes os pais condicionarem seus filhos a acumular carícias e amor e não a distribuir. É comum dizerem para as crianças. “Não deixe “x” brincar com seus brinquedos, ele não deixa você brincar com o deles”. Vivemos o sob o judice em ser maus acostumados, a economizar carinhos e afetos. Alguns possuem a ideia errônea de que eles acabarão por isso devem poupá-los (os sentimentos citados). Muitas pessoas se casam querendo apenas receber amor, não dando amor, enclausurando o amor dentro de si. Não foram educadas para entender que as trocas de afetos enriquecem as pessoas.

É um dos grandes “mau” da modernidade, as pessoas estão cada vez se relacionando menos. Estudos feitos com crianças em alguma faculdade que não me lembro, mas passou na BBC, comprovam que algumas quando doentes, mesmo que tratadas, com medicações e médicos de qualidades, não se recuperam senão tiverem carinhos. Gestos de carinhos são terapêuticos.

Numa pesquisa na minha pouca idade da memória, achei alguns erros em relações aos afetos que presenciei ou observei: Muitos pensam que a carícia tem limites por isso devemos economizá-los. Distribuir carícias pode acostumar às pessoas – muitas vezes não pegamos a criança no colo com o argumento de não má acostumá-la. Nunca receba carícias gratuitamente a única forma de recebê-la é em forma de troca. Você não deve se auto-elogiar, os outros sabem do seu mérito. Homem não pode ser cuidado por mulher, afinal somos “mais fortes”. Homem não pode ser cuidado por outro homem, senão seremos afeminados ou fracos. Quanto menos depender dos outros melhor. (FAIL total não é? Pois é, isso ocorre em nossa vida terrestre.). E tem os carinhas que acham que sexo é a única prova de amor (tenso, mas é fato).

O ser humano ainda perece por falta de amor. Vários são os motivos que levaram a sociedade a ser o que hoje é. Mas temos a obrigação de convertê-la, transforma-la, se desfazer das diferenças que na maioria das vezes são cabais. Só com o sentimento real isso ocorrerá. Falso moralismo não resolve nada não... mas deixa isso pra outro texto.


Jerffeson Cunha