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sábado, 26 de dezembro de 2009

Até quando?


 


Colocarei em pauta hoje um assunto altamente cotidiano e que vem sendo “moderno” desde as primeiras civilizações: A descriminalização. A Constituição Federal garante a todo cidadão igualdade de direitos. Proibindo discriminação em função de raça, cor, sexo, idade. Certas garantias, embora estabelecidas em lei, não são cumpridas, pois as pessoas permanecem arraigadas a certas concepções que não tinham sentido no século passado, muito menos agora, quando a informação está mais difundida.

Apesar de sempre nos lembrarmos de “raça” (branco x negro), quando citamos esse assunto, não devemos esquecer que existem outros objetos de diferenciação. Como exemplo, aqueles que se referem às minorias, os índios, ciganos, portadores de deficiência e necessidades especiais, as mulheres, os portadores de vírus HIV, os homossexuais, os idoso, os pobres, entre outros segmentos.

Retrocedendo, encontramos barbáries como a do negro ser considerado como animal, não dotado de "alma". Os idosos marginalizados em função de estarem distante do setor produtivo, também são alvo de idéias e ações exclusivas. O contraditório nisto tudo é que é um segmento em expansão, em que num breve espaço de tempo o número superará o de crianças.

As mulheres que apesar da relevante competência, também sofrem  em virtude de idéias arcaicas da nossa inerte-moral sociedade, tendo dificuldades de entrarem no mercado de trabalho, em muitas ocasiões, só por serem mulheres e com isto terem direito, em caso de maternidade, ao período de licença.

Outros que também são discriminados são os obesos, considerados como pessoas com desvio de conduta e não pessoas doentes e com necessidade de tratamento.

A pergunta é: Como avançar neste aspecto embora as garantias constitucionais e internacionais, através de tratados ratificados pelo Brasil e outros dos quais foi signatário? Cadê o tão sonhado amor ao próximo? Sociedade ética e moralista?

Acredito que mais uma vez a medida correta é a educação, ensinamentos massivos dos Direitos Humanos, inclusive transdisciplinar, que se faz não só na escola, mas envolvendo todos os segmentos da sociedade, na família em conjunto com a escola, poder público, associações. Através de educação embasada em princípios universais será possível evitar ações  hediondas que resultaram em genocídio (como ocorreu no nosso vizinho: Paraguai) e holocausto como na Segunda Guerra Mundial.

Espero que com essas sucintas linhas, possamos refletir um pouco sobre nossas condutas e pensamentos, nunca é tarde para corrigirmos nossas atitudes ou evitar erros posteriores. Se cada um fizer sua parte, erradicando os preconceitos... Será um grande passo. 

Jerffeson Cunha

8 comentários:

Nathália Mardônio disse...

Falou e disse... de maneira evidente nesse post..

Aninha disse...

Vale salientar, que a sociedade está vivendo a era da competição, da individualidade.
Sem mais delongas, excelente texto.

Júlia disse...

Se a gente parar pra refletir um pouquinho,chegaremos à conclusão que cada um de nós possui pelo menos algum fator que nos tornaria objeto de exclusão.Somos mulheres,ou negros,ou baixinhos,ou gordinhos,ou temos poder aquisitivo baixo,ou somos magrelos,ou desengonçados,etc[..]e mesmo assim,continuamos exercendo com naturalidade a descriminação "à torta e à direita".É,falou certo quem disse que o homem é o lobo do homem.

Lucas Barbosa disse...

Você tocou em um ponto muito estratégico mas que as pessoas, pelo menos a maioria delas, não cumprem: ESCOLA + FAMÍLIA. Ás vezes, ou muitas vezes, são os pais que deveriam voltar ao jardim de infância para aprender os bons modos e não fazer a distinção entre os seres humanos. Aonde você acha que as crianças aprendem a a discriminar as outras pessoas? No colégio? Claro que não, elas aprendem com os pais que ensinam a seus filhos a distinção do ser. Por que eu garanto que uma boa escola ensina a igualdade social. Então o que deve haver é uma menor distância entre PAIS e ESCOLA, para que com isso os pais juntamente com a escola venham tirar a discriminação de nossa sociedade, gerando assim um futuro muito melhor.

Jerffeson Cunha disse...

Lucas, entendo seu ponto de vista, para uma sociedade que vai combater a discriminação deve haver a junção Escola + Família, são os dois maiores seios da educação para formação da criança. Mas a metodologia usada em boa parte das escolas ainda não atingiu o ápice dos ensinamentos da igualdade, começam logo pelas cotas usadas em colégios públicos e universidades federais! Como fazer essa união dos 2 polos? eis uma forma a ser estudada.

Obrigado a todos que até o atual momento participaram da discursão!

Lucas Barbosa disse...

É, sempre existe um meio onde há a discriminação, até onde tentam acertar acabam errando, a COTAS é um sistema por si só preconceituoso. Esse é o tipo do tema onde existe muita polêmica e pouco resultado, e o problema é esse, qual a melhor maneira de se acabar com o preconceito?

Ravi disse...

Concordo plenamente com o que Jerf postou no Blog.
Sabemos que existe muito preconceito social, racial, especicista e sexista na nossa sociedade, por isso vejo as cotas como uma tentativa de combater um pouco a diferença que há entre os "brancos" e os "negros"/ os pobres e os ricos.


Um ponto muito crítico nessa questão das cotas, para mim que estudo Biologia, diz respeito ao cenceito de raça. Temos que definir o que é raça, o que limita cada raça, o que diferencia uma raça de outra, porque não creio que o sistema de auto-afirmação seja o melhor.

Anônimo disse...

Quero aproveitar esse augusto momento para expressar minha admiração pelo meu sobrinho, amigo, companheiro e colega jurista, pois meu apreço vem a reboque pelo seu carater, integridade, maneira simples de viver a vida e principalmente maturidade para dirimir situações adversas. Esses comentarios (postados anteriormente)que tive a rica oportunidade de escrever nada mais é do que uma forma de instigar e aguçar sua aptidão e habilidade, posso dizer que acontece um paroximos (discussão, troca de ideias, sem a intenção de machucar)faço mais como uma forma de brincar contigo e observar sua defesa, pois acho o maior barato você defender suas idéias, quero terminar minhas palavras dizendo que o amo e tenho uma estima muito grande.

Weslley Lima (um admirador seu)